Exame toxicológico obrigatório para motoristas é questionável
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), atuante na área de laboratórios clínicos, questiona a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), ao exigir novo teste toxicológico para motoristas.
A recente regulamentação obriga todos os motoristas das categorias C, D e E – caminhoneiros ou motoristas que transportam passageiros – a realizar uma análise de cabelos, pelos ou unhas para detectar se houve uso de maconha, cocaína ou anfetamina em um período de até três meses antes de renovar a carteira de habilitação. Porém, para a SBPC, o exame não possui apuração correta, já que não consegue comprovar se o motorista chegou a conduzir o veículo sob a influência de droga, uma vez que não consegue precisar o período do contato com a substância. Para o presidente regional da entidade, Alvaro Pulchinelli, em reportagem ao Portal Transporta Brasil, a escolha de um exame toxicológico de larga janela de detecção cria um problema na avaliação dos resultados já que, para se obter um resultado positivo, o motorista deve ter feito uso da droga pelo menos uma semana antes de sua realização. Além disso, existem alternativas para resolver o problema, como, por exemplo, “agregar ao exame do cabelo o teste de saliva, este sim capaz de detectar se o motorista consumiu drogas até 6 horas antes da coleta, ou ainda, a coleta de urina que pode se positivar poucas horas após o uso e persistir positiva por semanas”.
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Obs.: Para ler a notícia original, clique sobre o link acima, onde está escrito Fonte: Transporta Brasil |