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26/02/2016 - Notícias
Trabalho x saúde

Em época de surgimento de novas doenças e pandemias, é normal que todos fiquem preocupados com a sua saúde e busquem meios para permanecerem saudáveis. Mas, quando se cumpre jornadas de trabalho em determinada empresa, como o trabalhador pode proceder?

 

Estamos vivendo um momento de temor em relação à saúde pública. O mosquito Aedes Aedypti, que antes era conhecido como mosquito da dengue, por transmitir o vírus causador da doença, hoje está carregando mais dois grandes vilões para o organismo humano: o zika vírus e a chikungunya. Além disso, focos para o mesmo não são especificidade de alguns locais, mas podem ser encontrados até mesmo em cima de postes e em buracos na rua, tornando os mesmos comuns e difíceis de serem exterminados. Assim, o ideal é que a população tome providências para proteção contra essas enfermidades.

Uma questão que entra em evidência é a proteção para a saúde dos trabalhadores. Em si, a pergunta que fica é: Como se prevenir dessas doenças quando se tem que cumprir uma determinada jornada de trabalho, muitas vezes sem pausas adequadas? Dr. José Afonso de Souza, clínico geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Juiz de Fora e Região (STTRJFRG), diz que “As empresas já possuem orientação do próprio Ministério do Trabalho e Emprego para fornecer condições ideais de trabalho, inclusive com horários para alimentação, a fim de evitar acidentes de trabalho ou algo que possa complicar tão somente a saúde do empregado, como a própria empresa”.

Segundo o clínico, o quadro atual já ultrapassou o que chamamos de epidemia, que se caracteriza como um surto periódico de uma doença infecciosa em dada população e/ou região, e se tornou uma pandemia, quando a mesma ultrapassa os continentes e afeta diversas regiões, como África, América e Europa. Por isso, o tratamento nesses casos deve ser seguido rigidamente, sem pular etapas ou fugir do que for dito pelo médico. Dr. Afonso deixa algumas orientações para os trabalhadores:

  1. O repouso é essencial para o tratamento. Geralmente, é dado de 10 a 15 dias de atestado para a pessoa se recuperar e retornar ao trabalho. Durante esse período, o empregado deve realmente descansar, sem insistir em ir à empresa e continuar trabalhando;
  2. Há casos em que a doença se complica, e o período de afastamento não é suficiente para o paciente se recuperar. Nesses casos, uma nova consulta ao médico se torna necessária, e pode ocorrer até afastamento pelo INSS e internação. Portanto, retornar ao trabalho ao fim do atestado pode ser prejudicial, sendo ideal realizar uma consulta médica antes;
  3. Podem ocorrer surtos virais dentro de empresas. Nesses casos, o médico do trabalho deve realizar ações preventivas para o controle de doenças. Se alguém encontrar focos para o mosquito no local, o ideal é que ele denuncie, procurando seus superiores para mostrar o local do foco, para que seja tomada a devida prevenção. Se o problema persistir, o mesmo pode estar procurando o seu Sindicato, a Prefeitura ou o Ministério do Trabalho para que a eliminação do mesmo seja realizada.
  4. Evitar a prática de exercícios físicos quando está infectado é essencial. Como o repouso faz parte do tratamento, se torna debilitante qualquer tipo de esforço. O melhor é esperar a saúde se restabelecer para voltar às atividades físicas.

Em todos os casos, a alimentação correta e hidratação corpórea são fontes de prevenção contra esses distúrbios. Lembrando que as doenças citadas podem levar à morte, o que é uma questão de saúde pública. Portanto, quando se encontra qualquer tipo de foco para o mosquito, o ideal é realizar a denúncia, que pode ser feita pelos números: (32) 3690-8135 ou (32) 3690-7453, ou indo diretamente à Prefeitura de Juiz de Fora, localizada na Av. Brasil, número 2001, no centro da cidade.

 

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